A cultura portuguesa está de luto. Faleceu, na madrugada deste domingo, 7 de dezembro, a icônica fadista e atriz Anita Guerreiro, aos 89 anos, na Casa do Artista em Lisboa, onde residia. A notícia da sua morte abalou o país, deixando um vazio profundo na alma da música e da arte portuguesa.
Anita, nascida Bebiana Guerreiro Rocha Cardinali a 13 de novembro de 1936, começou a sua jornada musical aos 7 anos. Sua estreia profissional em 1955 no Teatro Maria Vitória marcou o início de uma carreira brilhante que atravessou décadas, envolvendo fado, teatro e televisão.
Reconhecida como a primeira intérprete da famosa canção “Cheira Bem, Cheira a Lisboa”, Anita Guerreiro tornou-se uma figura querida e respeitada, não apenas pelas suas interpretações, mas também pelo seu papel como madrinha das marchas populares de Lisboa. Sua contribuição à cultura foi oficialmente reconhecida em 2004, quando recebeu a medalha municipal de mérito da Câmara Municipal de Lisboa.

A causa da morte foi confirmada como natural, sem a divulgação de doenças específicas. A Presidência da República Portuguesa expressou condolências, descrevendo Anita como uma figura incontornável da música e da cultura, cujo legado perdurará por gerações.

A partida de Anita Guerreiro não é apenas uma perda pessoal, mas um marco que encerra uma era. Sua voz ecoou por décadas, unindo o fado, o teatro e a televisão, e agora, com sua ausência, Lisboa perde uma de suas maiores artistas. A memória de Anita permanecerá viva no coração de todos os que amam a cultura portuguesa.

A cultura e a arte em Portugal choram a perda de uma verdadeira lenda. O legado de Anita Guerreiro, com sua simplicidade e talento, será eternamente lembrado.