A Petrobras acaba de fazer um anúncio que promete agitar o mercado: a estatal registrou um lucro líquido de R$ 23,2 bilhões no segundo trimestre de 2025 e está retornando à distribuição de gás de cozinha, uma medida esperada por muitas famílias brasileiras que enfrentam a alta nos preços do GLP. O lucro, apesar da queda de 10% no preço internacional do petróleo, foi impulsionado por um aumento na produção, que alcançou 2,3 milhões de barris por dia, um crescimento de 5% em relação ao trimestre anterior.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriar, destacou que os investimentos em projetos de alta atratividade estão em ritmo acelerado, com R$ 48,8 bilhões injetados na empresa. No entanto, a distribuição de R$ 8,7 bilhões em dividendos aos acionistas gerou frustração no mercado, que esperava um valor maior, resultando em uma queda de mais de 6% nas ações da empresa na bolsa de valores.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Bruno Dantas, enfatizou que a Petrobras é uma potência produtiva que gera empregos e contribui com impostos significativos ao país. Ele criticou a pressão do mercado por mais dividendos, que pode comprometer investimentos essenciais e a qualidade de trabalho dos funcionários.
A volta da Petrobras ao mercado de gás de cozinha é vista como uma boa notícia, especialmente em um momento em que o preço do botijão chega a R$ 140. No entanto, Dantas alertou que essa medida deve ser acompanhada de uma estratégia mais ampla que considere a soberania energética e o fortalecimento das estatais no Brasil. À medida que a Petrobras se reposiciona, a expectativa é de que essa decisão traga alívio às famílias e represente um passo importante na luta por um setor energético mais justo e acessível.