Informações foram avançados durante a noite desta terça-feira.
O elevador da Glória, inaugurado em 1885 e classificado como Monumento Nacional desde 2002, e tem sido um dos símbolos mais procurados de Lisboa pelos turistas.
Recentemente, os trabalhadores da Carris já tinham apresentado queixas sucessivas sobre a necessidade de reforçar a manutenção destes equipamentos, mas não se resume apenas a isto.
Sabe-se agora que a Carris deixou, no passado dia 31 de agosto, caducar o contrato que garantia a manutenção e segurança dos quatro ascensores de Lisboa – Glória, Bica, Lavra e Santa Justa -, sem que tenha sido assegurada a sua renovação. Um concurso público lançado em abril, no valor de 1,2 milhões de euros para três anos, foi cancelado pela administração da Carris em meados de agosto por considerar os valores apresentados demasiado elevados. No caso do elevador da Glória, o caderno de encargos era especialmente exigente e previa verificações diárias, semanais e mensais de peças fundamentais, como o cabo de tração, motores e sistemas de segurança. Com o fim do contrato, este tipo de equipamento, que exige manutenção diária, ficou cerca de três dias sem qualquer acompanhamento técnico ou inspeção preventiva.
Sem contrato em vigor, a taxa mínima de disponibilidade de 98% estipulada anteriormente deixou de ter aplicação, o que levanta agora sérias questões sobre responsabilidades e garantias de segurança no funcionamento dos ascensores da capital.