NÃO TINHA O QUE COMER – O LENDÁRIO APRESENTADOR O HOMEM DO SAPATO BRANCO QUE MORREU NA MISÉRIA
A história de Jacinto Figueira Júnior, o icônico “Homem do Sapato Branco”, é um retrato trágico da ascensão e queda de um dos maiores nomes da televisão brasileira. Conhecido por seu estilo sensacionalista e programas que exploravam as mazelas sociais, Jacinto se tornou uma figura emblemática desde a década de 60, mas seu fim de vida foi marcado por uma dolorosa realidade: a miséria.
Após anos de sucesso, o apresentador enfrentou um colapso financeiro que culminou em um desespero absoluto. “É verdade que tem dia que você não tem o que comer”, declarou, revelando a gravidade de sua situação. Em seus últimos anos, ele viveu de favor e lutou contra dívidas que ultrapassavam R$ 20.000. A decadência de sua carreira começou após um tumultuado evento de Natal em 1968, onde a fama se transformou em escândalo e ostracismo.
Silvio Santos foi uma das poucas pessoas a estender a mão, mas a falta de apoio familiar e a perda de seu plano de saúde agravaram seu sofrimento. A violência midiática que ajudou a criar o perseguiu até os últimos dias, com câmeras e microfones invadindo sua privacidade em momentos vulneráveis. Morreu em 27 de dezembro de 2005, aos 78 anos, vítima de falência múltipla de órgãos, deixando um legado controverso e um lamento profundo sobre a natureza efêmera da fama.
A história de Jacinto não é apenas sobre um homem que brilhou nas telas, mas sobre as sombras que o cercaram e a dura realidade de um ícone que, no fim, não tinha o que comer. A indignação é palpável, e a pergunta que fica é: como um ícone da televisão brasileira pode ter terminado assim?