Yara Cortes, a renomada atriz brasileira, faleceu sozinha em seu apartamento em Copacabana, cercada por seus adorados passarinhos. A notícia de sua morte, ocorrida em 17 de outubro de 2002, aos 81 anos, choca e entristece o mundo da arte e da televisão. Yara, que deixou um legado indelével na teledramaturgia, morreu vítima de insuficiência respiratória, decorrente de um câncer no pulmão, em um momento em que poucos estavam ao seu lado.
Nascida Cipriano Serpa no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1921, Yara teve uma vida marcada por superações e conquistas. Antes de brilhar nas telas, ela serviu como enfermeira voluntária do exército brasileiro na base de Paranamirim, no Rio Grande do Norte, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua trajetória, que começou no teatro em 1938, a levou a papéis memoráveis na televisão, como Dona Chepa e a emblemática Carolina de Casarão.
Apesar de sua carreira repleta de sucessos, Yara nunca se casou e não teve filhos, o que a deixou em um estado de solidão nos últimos anos de vida. Seu pequeno apartamento, repleto de passarinhos, se tornou seu único refúgio, uma triste ironia para alguém que trouxe tanta alegria ao público.
O legado de Yara Cortes é inegável; suas atuações continuam a ressoar na memória de milhões. A atriz foi sepultada no cemitério São João Batista, em Botafogo, deixando um vazio imenso no coração de seus admiradores. A história de sua vida, marcada por amor, talento e solidão, é um lembrete poderoso da fragilidade da existência humana e do impacto que uma vida dedicada à arte pode ter.