Carmen Silva, a icônica “Pérola Negra” da música brasileira, viveu uma trajetória de ascensão e decadência que a levou do anonimato à fama, mas também à solidão e ao esquecimento. Nascida em 22 de março de 1945, em Veríssimo, Minas Gerais, Carmen começou sua vida como empregada doméstica, mas seu talento inato a fez brilhar em palcos ao redor do mundo. Nos anos 60, conquistou o coração do Brasil com sucessos como “Adeus Solidão” e “O amor é um bichinho”, tornando-se uma das vozes mais reconhecidas da época.
Entretanto, após um divórcio doloroso e a perda de espaço na indústria musical, Carmen enfrentou uma batalha contra a depressão. Sua carreira, que já havia sido promissora, entrou em declínio nos anos 90, ofuscada por novos ritmos como o sertanejo. Em busca de renovação, converteu-se ao evangelicalismo e lançou álbuns gospel que a resgataram temporariamente do obscurantismo. Contudo, a vida lhe pregou mais uma peça cruel.
No dia 3 de setembro de 2016, Carmen foi internada em estado grave e, após uma luta contra problemas de saúde, faleceu em 26 de setembro, vítima de uma parada cardíaca aos 71 anos. O sepultamento foi marcado por um momento emocionante, onde amigos e familiares entoaram “Segura na Mão de Deus”, a canção que simbolizava sua nova fase.
Hoje, Carmen Silva é uma lembrança distante, uma estrela que brilhou intensamente, mas que, com o passar do tempo, foi esquecida pela mídia e pelo público. Uma artista que merece ser relembrada e homenageada por sua contribuição à música brasileira. Você se lembra dela? É hora de resgatar a memória dessa cantora fenomenal.
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