André Ventura, líder do partido Chega, protagonizou uma entrevista eletrizante que abalou as estruturas da política portuguesa. Em um tom incisivo, ele questionou a relação entre o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o colapso do Banco Espírito Santo (BES), insinuando que a proximidade pessoal do presidente com Ricardo Salgado comprometeu sua postura pública.
Ventura destacou que Marcelo, enquanto comentador, sempre defendeu a solidez do BES, ignorando sinais de alerta. “Ele olhou para o lado quando deveria ter denunciado”, afirmou Ventura, provocando uma onda de reações na plateia e nas redes sociais.
O candidato presidencial não hesitou em confrontar Marcelo, sugerindo que suas férias com Salgado revelam um comprometimento que afeta sua imparcialidade. “As relações pessoais influenciam decisões políticas”, enfatizou, enquanto a tensão na sala aumentava.

A entrevista também abordou o caso de Luís Filipe Vieira, empresário com dívidas milionárias ao Novo Banco. Ventura exigiu investigações rigorosas, afirmando que a corrupção deve ser apurada, sem exceções. “Não há espaço para meias medidas”, declarou, reafirmando seu compromisso com a transparência.

Além disso, Ventura criticou a aparente falta de ação do presidente em assuntos delicados, como o caso de Tancos. “Marcelo estava condicionado e sabia”, disparou, questionando a integridade do chefe de Estado diante da opinião pública.

A pressão sobre Marcelo aumenta à medida que Ventura avança em sua campanha, desafiando não apenas o presidente, mas todo o sistema político vigente. “O povo quer mudança, e eu estou aqui para representá-los”, concluiu, deixando claro que sua candidatura é uma resposta à insatisfação popular.
A entrevista de Ventura não apenas agitou a política, mas também acendeu um debate crucial sobre a responsabilidade dos líderes e a necessidade de uma nova abordagem no governo. O que se segue pode redefinir o futuro político de Portugal.